sexta-feira, 20 de agosto de 2010

... para me levantar da cama, tive que empurrar para o lado todas as coisas que dormiram comigo: mochila, headphone, pois os livros já haviam sido empurrados no chão, sem querer com os pés durante a noite, no sono. Quando me levanto, tenho que esticar bem as pernas, pois ao lado da minha cama tem três pilhas de livros, quase de sua altura, que não tenho onde guardar, que ficam por aqui, por sobre essas pilhas ficam aquelas coisinhas, objetos, tipo pedaço de papel, canetas, plástico e flyers, coisas de propagandas interessantes que pego pela rua ... enfim, quando pulo, dou um passo e me deparo com a mesa lotada, duas pilhas que quase encobrem a prateleira, que fica atrás com meus objetos religiosos, uma pilha de coisas do trabalho e outra de cadernos. Debaixo da mesa mais uma pilha de papéis para reaproveitar, trabalhos antigos dos alunos e etc. Agora tenho que pular os livros que estão no chão sobre uma "Folha de São Paulo" antiga que pretendo ler, na maçaneta da porta várias bolsas dependuradas, a tolha na porta secando, a porta que inclusive já está com manchas de fungos, penso em limpar com água sanitária, mas tenho que ir, vou corrigir trabalhos e lançar notas, ainda do segundo bimestre.
Ando sem tempo, atrasada e atrapalhada ... hoje a noite viajo, vou pra Pós e só retorno na segunda a noite depois do trabalho.
...

Obs.: meu quarto mede aproximadamente 2,5m L x 3,5m C , ahh e é uma alcova. 

dos excessos ...


Cometi excessos.
Aliás, cometer excessos satisfaz, mas depois desagrada. Pois quem arca com os seus excessos?
Queria ter uma pessoa que arcasse com os meus excessos, ou então, não me exceder.
Mas há excessões ... Por exemplo, viajei, conheci um outro continente, logo tudo era novo e surpreendente para mim, todas as coisas me proporcionavam uma vontade de conhecê-las mais e mais, e de ter vontade de registrar e de poder ter comigo um pedacinho daquele sonho para que quando eu sentisse saudades, tivesse aonde pegar e poder saciar meus anseios sem cair no saudosismo depressivo de nem conseguir visualizar mentalmente os meus desejos pela falta de acervo material, tátil, olfático, ....
Foi nesta parte que exagerei, eu sei que exagerei ... mas memo assim me pego com remorso de querer ter mais pedaços de lá. Exagerei tanto, que meu exagero se reflete no meu saldo bancário, na minha possibildade de ir e vir atuais, nos meus cartões de crédito, até no sorvete que gostaria de tomar hoje.
rsrsrsrs



Confesso fiz o oposto do que escrevi abaixo, o mantra até tentava ecoar ... mas a afetação visual me consumia e se tornava sinestesia.

MAS REAFIRMO DESDE JÁ : EXCESSOS NOVAMENTE, SÓ EM 2011 !!!